14 de fevereiro de 2011

A fonte dos sonhos

Gostaríamos de agradecer ao genial site http://dromma.org por existir, a única e melhor base de dados de sonhos existente(alguns dos sonhos da peça são baseados em "sonhos reais").

"(...)Conflita a experiência do sonho (emocional) com a da escrita (racional)
Expressão é benvinda, estetica formal e gramatical é opcional(...)"
- descriçao do site

6 de fevereiro de 2011

ESTA MAIS QUE VISTO, MAS SÓ PARA QUEM ENXERGA


Peço às pessoas que gostam do meu teatro, que sabem o que eu sou, que se emocionaram com minhas peças e riram e choraram com meus textos, que assistem meus espetáculos e que me acompanham nestes meus quase trinta e cinco anos de teatro para que leiam a crítica de Rodrigo Monteiro no blog. Chamar de crítica é um exagero. Se vocês se derem o trabalho de fazer o que estou sugerindo verão que se trata de um sistema opinativo, bem longe de um pensador do teatro embora fique óbvio a ambição arrogante do blogueiro. Ele dispara disparates a torto e a direito. Ofende com ares de generosidade e superioridade. Dá conselhos como se ele soubesse fazer e soubesse o que é bom. Peço que leia o blog de Rodrigo Monteiro e comparem os trabalhos que fiz com as críticas que ele despejou sobre minha obra. Ao contrário do que a frágil personalidade de Rodrigo Monteiro, que preconiza que não assistam determinadas peças, eu peço que o leiam e estudem seu comentário. Quando fizerem isso, tentem encontrar um pouco de humanidade dos meus trabalhos nas palavras de Rodrigo Monteiro. Um pouco de amor ao teatro. Busquem um pouco de delicadeza e sabedoria em suas palavras. Não será uma tarefa fácil, mas será bem fácil encontrar toneladas de ressentimento nas entrelinhas. Mas não desistam. E também não se assustem com a enxurrada de citações e comparações que Rodrigo Monteiro usa como um escudo covarde para defender sua suposta crítica. Quer me jogar contra colegas de trabalho, mas a classe teatral não é tão ingênua como ele supõe. Aquela ofensa tem um endereço, por isso leia o blog de Rodrigo Monteiro. Logo saberão quem ele é. Logo perceberão que sua “crítica” auto outorgada, serve para sustentar sua arrogância opinativa. E por trás disso sua própria frustração . Evidencias falsas de teses preconcebidas se distribuem gratuitamente no seu texto. Percebam com através deste sistema opinativo superficial e ingênuo ele destila toda sua insensibilidade. Rodrigo Monteiro carece de dignidade mínima para ver uma peça como um sujeito do pensamento e da reflexão. Não se iludam com a ingenuidade, pois esta é apenas mais uma face da arrogância de Rodrigo Monteiro. Obvia conseqüência aparece na falta de sensibilidade despejando julgamentos arbitrários. Não se impressionem com a falta de discernimento para avaliar o foco narrativo. Prestem atenção também para a falsa generosidade oferecendo conselhos, estes sim depreciativos e recheados de falta de respeito.Todavia algumas verdades podem ser encontradas. Eu gosto sim de trabalhar com jovens atores. Foi assim com Bailei na Curva. Foi assim com Se Meu Ponto G Falasse onde Heliosa Migliavacca surgiu de oficinas. Foi com jovens atores comecei a fazer teatro de rua, desenvolvendo técnicas que fizeram surgir o Grupo Pé de Palco cuja evolução chegou ao Falos & Estercus. Foi assim também quando remontei o Bailei na Curva nos anos 2000. Gosto disto, de novos atores, sem vícios, sem maneirismo. Peço que comparem o que Rodrigo Monteiro escreveu sobre os atores da peça A Milímetros de Mercúrio com a maioria dos atores profissionais e percebam que a distância é mínima se é que existe. Peguem os últimos anos de meu grupo de pesquisa e verifiquem se se trata de um pejorativo trabalho de final de curso. Larissa Não Mora Mais Aqui está em cartaz há mais um ano. Dançarei Sobre Teu Cadáver teve ótima repercussão. Pílula de Vatapá está sendo remontada depois de um ano em cartaz com excelente recepção e comentários saudáveis, um deles de um diretor de muito prestígio, Luciano Alabarse publicado no Jornal da Usina. Camilo de Lélis também escreveu muito bem sobre a peça, mas este eu não reivindico porque, embora isento, é meu amigo. A minha trajetória e a da Cômica Cultural são marcados por forças éticas, honradez e dignidade, que não permitem qualquer insinuação perversa. Este tipo de insinuação é venal. Qualquer ator (e já foram centenas) que passou pela minha oficina pode reportar que sempre tratei o ambiente de trabalho da minha pesquisa como uma sala de ensaios. E isso se reflete na diversidade dos meus espetáculos. Para vocês que estou convidando para ler o blog tirem suas próprias conclusões de quem é Rodrigo Monteiro. O público é o fiel da balança. De modo algum A Milímetros de Mercúrio é montagem de final de curso. Aliás, as vagas para a próxima turma de pesquisa já estão abertas e ainda tem vagas para 2011. Pode ser que tu aprendas alguma coisa (mas acho difícil). Agora uma pequena história que alguém apelidou de Cria Curvos, mas prefiro pensar que não é isso. Certa feita Rodrigo Monteiro então um menino indeciso, foi ao teatro pela primeira vez e entrou no Theatro São Pedro para assistir Bailei Na Curva. Depois disso escreveu uma carta do leitor da Zero Hora que, pelo singelo do depoimento, teve a missiva publicada. Talvez essa tenha sido o primeiro milho. Nunca sabemos onde se esconde o trágico até que ele apareça. O fato é que Geraldo Lopes, produtor da peça, diretor da Opus Promoções foi tocado pela sensibilidade das palavras de Rodrigo Monteiro. Foi convidado pelo grupo a assistir de novo peça e freqüentar os camarins. Era para ser uma história bonita, um filme da sessão da tarde cheio de superações. Um menino delicado da periferia despertado pelo teatro. Mas a voracidade de Rodrigo Monteiro, fez com que Hermes Mancilha o apelida-se de “o pentelho da carta”. Está é uma história exemplar de desmedida. O personagem tinha tudo para dar certo. Mas falhou. A falha trágica já era uma marca do Pentelho da Carta. Foi assim quando começou seu blog. Tinha frescor e sensibilidade. Tentem encontrar isso nos comentários se forem capazes. Agora, meus amigos que assistem minhas peças há 35 anos, peço que tentem encontrar uma flor de pensamento, uma fatia de originalidade na “crítica” de Rodrigo Monteiro. O embotamento da mágoa é grande. Espero que não tenha sido pela pífia audição que Rodrigo Monteiro fez para integrar a remontagem de Bailei na Curva, quando tropeçava nas palavras e se equivocava nas intenções demonstrando toda sua incapacidade para o teatro,porque senão ficaria um roteiro de filme B. Como dizia Reinaldo no Rei Escória: “tá mais que visto, mas só pra quem enxerga!”

by Julio Conte

Hoje último dia de A MILÍMETROS DE MERCÚRIO no PVA 2011

O CORAÇÃO DO TEATRO

As peças de teatro são como as pessoas. Tem um mistério que precisa ser desvendado. Este processo , assim com a construção de uma intimidade, demanda um grande esforço emocional. O longo caminho em busca do coração da obra de arte. Assim como as pessoas que podem ser vistas como obras de artes, algumas não temos vontade de conhecer. Outras conhecemos mas não privamos. Outras passam despercebidas. E assim como as pessoas, as obras de arte tem vida própria. Ao longo da minha carreira artística me defrontei várias vezes com esta percepção que as peças de teatro tem vida própria e elas mesmas determinam sua história. Peças que parecem que terão vida longa, se encerram em temporadas vazias. Outras vindas do nada seguem sua vida dando impressão que vão durar para sempre. Outras ainda se encerram como vidas roubadas por acidentes e o acaso. Às vezes os próprios artistas, e me incluo aqui, não tem a real dimensão de uma peça de teatro. Por preguiça, omissão ou descuido, ou pelo momento de contato não encontrar as valências abertas e o contato não é feito. Não é sempre, mas acontece. No trabalho de mergulho no pensamento da uma peça nos defrontamos com um esforço de superação do nosso narcisismo. Queremos espelhos, mas o teatro é diversidade. Há que se despojar de algo para encontrar o outro. Há que se mergulhar no pensamento alheio para ali, nesta outra língua do outro, encontrar a diversidade e a diversão. Teatro neste sentido é sempre divertido. Mesmo a peça mais densa ou obscura. A Milímetros de Mercúrio é uma peça obscura e densa. E bem humorada e para mim muito bonita. Mas ali tem muito de mim. E do grupo. E do social. E da vida de todos nós. Claro que para ver isso tem que entrar num universo particular. Um mundo que fala em uma linguagem que procura significados. Tem gente que desiste. Tem gente que vai até o pensamento da peça e, depois desde mergulho, encontra o coração da arte, do artista, do grupo e da sociedade. E o coração da arte não fala com a razão. Pois todos sabem que a razão é escrava da emoção. O coração da arte nos toca ao ser tocado. E fica como propriedade emocional. A gente leva de alguma forma para a vida toda.

Hoje último dia de A MILÍMETROS DE MERCÚRIO no Teatro Bruno Kiefer da CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA, 21 horas.

4 de fevereiro de 2011

Estréia no PVA 2011 e Milímetros nos Jornais

Hoje (4/fev) A Milímetros de Mercúrio estréia no Porto Verão Alegre 2011 na sala Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana.


Peça “A Milímetros de Mercúrio" é exibida a partir de hoje na Capital

Ingressos podem ser comprados antecipadamente no Praia de Belas por R$ 15

Espetáculo é apresentado no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana
Crédito: Divulgação

Sonhos, aspirações e a pressão do cotidiano nas grande cidades estão combinados na montagem de Julio Conte, "A Milímetros de Mercúrio", com exibições desta sexta-feira a domingo, sempre às 21h, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736), dentro da programação do Porto Verão Alegre. Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 15, antecipadamente, no Praia de Belas ou no DC Shopping, ou na hora, a R$ 20.

A peça ganhou este nome por buscar fazer uma metáfora entre o mercúrio, um metal pesado que provoca intoxicação grave, debilita o corpo e leva à morte, e o telemarketing, que devora a privacidade, transporta a humanidade para o sistema invasivo que passa a envenenar a relação entre o indivíduo e seus sonhos. Em cena, os personagens são funcionários da Soneide, uma empresa de telemarketing que vende sonhos, tendo eles também sonhos de aspirações artísticas.

Para esta crítica poética da sociedade moderna, o diretor usou uma linguagem alegórica. O espetáculo transita entre realidade e plano dos sonhos, criando um ambiente lúdico que, por vezes, leva o espectador para dentro de uma noite de sono ou remete à súbita realidade do despertar. A estreia da peça ocorreu no final do ano passado e esta é a primeira vez que participa do Porto Verão Alegre. No elenco, estão Alessandro Peres, Duda Paiva, Fabrizio Gorziza, Gisela Sparremberger, Guega Peixoto, Jordan Martini e Vanessa Cassali.


Jornal do Comércio