31 de janeiro de 2011

Nesta sexta(4 fev) A Milímetros de Mercúrio no PVA 2011


Sucesso de público durante a primeira temporada, o grupo volta agora no Porto Verão Alegre 2011!!


"Júlio Conte acertou em cheio, não apenas em relação ao diagnóstico e à análise que desenvolve como também na maneira pela qual realiza sua tarefa."


Casa de Cultura Mario Quintana
Teatro Bruno Kiefer (Rua dos Andradas, 736 sexto andar)
21 horas

Exibir mapa ampliado

Compre seu ingresso antecipado:
Pontos de Venda:

Praia de Belas Shopping

Av. Praia de Belas, 1181 (Praça das Artes)
De seg a sáb das 10h às 22h
Domingo das 14h às 20h

Ponto Especial NET


No DC Shopping - Casarão Verde - loja 133
de seg a sex das 13h às 19h

Preços:


Antecipado

R$ 15,00 Inteira
R$ 12,00 Clube ZH / CEF
R$ 10,00 Idoso

No Teatro / hora

R$ 20,00 Inteira
R$ 16,00 Clube ZH/CEF
R$ 10,00 Idoso

Estudante (venda somente no teatro, duas horas antes do espetáculo):
Ter a qui: R$ 10,00
Sex a dom: R$ 16,00

Clube do Assinante ZH:
Desconto valido para duas pessoas, mediante apresentação do cartão com validade.

CEF:
Desconto para clientes e funcionários mediante a apresentação do cartão (desconto válido somente para titular).


Elenco: Alessandro Peres, Gisela Sparremberger, Guega Peixoto, Fabrizio Gorziza, Duda Paiva, Vanessa Cassali e Jordan Martini.

Direção: Julio Conte
Assitente de Direção: Catharina Cecato Conte
Iluminação: Gabriel Lagoas
Realização: Cômica Cultural

19 de janeiro de 2011

Porto Verão Alegre: A Milímetros de Mercúrio



Dias 4, 5 e 6 de fevereiro (sexta, sábado e domingo)
21 horas
Casa de Cultura Mario Quintana
Teatro Bruno Kiefer (Rua dos Andradas, 736 sexto andar)


O mercúrio é um metal pesado que provoca intoxicação grave. Tele marketing devora a privacidade. Na mitologia, a comunicação e os negócios ficam a cargo do Deus Hermes que, por sua vez, recebe o nome de Mercúrio pelos romanos. Em "A Milimetros de Mercúrio", os personagens são funcionários da Soneide, uma empresa de telemarketing que vende sonhos, tendo eles também sonhos de aspirações artísticas. Uma divertida crítica poética da sociedade moderna através de uma linguagem alegórica e absurda. Os personagens sofrem de pressão crescentes e acabam se defrontando com a coisa insensível dentro de cada um que assassina a subjetividade e os sonhos. A peça mais visual de Julio Conte.

Elenco: Alessandro Peres, Gisela Sparremberger, Guega Peixoto, Fabrizio Gorziza, Duda Paiva, Vanessa Cassali e Jordan Martini.

Direção: Julio Conte
Assitente de Direção: Catharina Cecato Conte
Iluminação: Gabriel Lagoas
Realização: Cômica Cultural



13 de janeiro de 2011

PVA 2011



Pois não é que o Porto Verão Alegre deste ano promete. As clássicas e confirmadas estão recebendo apoio das novidades. Eu mantenho a minha média. Cinco espetáculos. Entre os clássicos e confirmados estou com Bailei na Curva e Se Meu Ponto G Falasse no TEATRO DO NOVO DC. Ponto G de 27 a 30 de janeiro e Bailei de 10 a 13 de fevereiro. Nas novidades teremos LARISSA NÃO MORA MAIS AQUI que completou um ano de apresentações sempre com um bom e fiel público. E com elenco renovado. Vale a pena conferir em janeiro 11, 12, 18, 19 no Teatro de Câmara. Essa Noite Se Improvisa Tennessee Williams entre as novidades. Teatro feito com o público que já foi legal no PVA 2010 volta agora com UM BONDE CHAMADO DESEJO com mote de improvisações na Sala Álvaro Moreira. E para encerrar, A MILÍMETROS DE MERCÚRIO, no Teatro Bruno Kiefer, minha mais recente encenação onde aparece novas formas narrativas. Tem para todos os gostos. E é claro, outras atrações bem legais que eu mesmo quero conferir. Bob Bahlis com Dez Quase Amores, 9 Mentiras Sobre a Verdade, Pode Ser Só o Leiteiro Lá Fora e Fora do Ar. Mas esta é apenas uma lista pessoal de interesses. Tem muita outra coisa boa que faz do teatro gaúcho um dos pólos mais interessantes do Brasil.

12 de janeiro de 2011

Crítica: A milímetros da loucura.

fonte: O Café (Gustavo Saul)


Sete funcionários de uma empresa de telemarketing expõem os seus sonhos, anseios e devaneios. Ao mesmo tempo que sofrem a pressão de uma exigência ferrenha, procuram, como forma de fugir da cruel realidade, encontrar um universo onde possam sonhar e dar vazão a todos os seus desejos suprimidos em um mercado de trabalho cinza e impessoal.
Com esse enredo, Júlio Conte construiu o espetáculo A Milímetros de Mercúrio. O título é uma analogia ao metal mercúrio, que em contato com o corpo humano, pode causar inúmeros sintomas, de gengivite até a morte. Analogia essa que seria transposta para o ambiente profissional dos sete personagens, que sofrem toda a pressão de um mundo objetivo que exige resultados imediatos e eficácia.
Totalmente elaborado a partir de improvisações e experiências pessoais, a peça atinge um nível de sensibilidade acima do esperado de atores que na sua grande maioria, são iniciantes. A trilha sonora, muito bem escolhida e pontuada, serve também como força motriz, propondo um diálogo com cada personagem e servindo muitas vezes como um contraponto. A iluminação de Gabriel Lagoas é sublime, propondo e acrescentando novos elementos ao espetáculo, com destaque para a cena final, onde os personagens, inundados de mercúrios, padecem até o suspiro final.
Mais um belíssimo acerto de Júlio Conte e a Cômica Cultural, que já lançou Pílula de Vatapá, Dançarei sob teu cadáver e Larissa não mora mais aqui, a última um enorme sucesso de crítica e público.

DIREÇÃO: Júlio Conte
ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Catharina Cecato Conte
ILUMINAÇÃO: Gabriel Lagoas

ELENCO: Alessandro Peres, Gisela Sparremberger, Guega Peixoto, Fabrizio Gorziza, Duda Paiva, Vanessa Cassali e Jordan Martini

REALIZAÇÃO: Cômica Cultural

Crítica: A Milímetros de Mercúrio

fonte: Luis Carlos Pretto - Por aí...


Quarta-feira encerrei meu cíclo de espectador de trabalhos de conclusão dos colegas Diretores.
Gosto de assistir apresentação de formação de alunos-atores e assim também ter uma idéia das novidades que passam pela cabeça dos professores, concretizados pelos novatos (ou nem tanto assim) no palco.
Antes de assistir eu já ouvia muitos dizendo que se tratava de um Júlio Conte diferente, e de fato o é, se comparado aos últimos espetáculos dele, frutos de oficinas de teatro.
Impressionante como ele leva a sério (e os atores também) seus espetáculos de conclusão, praticamente todos ganham sobrevida e a devida qualidade artística.
Tudo alí é bem feitinho, com atores á vontade e dando conta do recado, bem assessorados pela trilha, luz, cenografia.
Coincidentemente (ou não) estive na mesma pré-estréia que ele, do filme A ORÍGEM que explorava o submundo dos sonhos e seus níveis.
Um bem vindo novo trabalho e novo mundo explorado por Júlio, pelos atores e por Catharina Conte, assistente de direção e filha, que além de teatreira ainda está aparecendo por aí como cineasta.
Por ùltimo, feliz por ver em cena a amiga Vanessa Cassali, uma jovem artista com uma força, iniciativa e perseverança que me fizeram apostar nela na primeira vez que a vi, e a convidei para protagonizar a minha peça A AMANTE DA MINHA ESPOSA em 2008.
Talvez o público acostumado com o teatro de Julio Conte, tendo como referência as anteriores estranhe um pouco, mas isso é ótimo!!!

11 de janeiro de 2011

Crítica: As ambiguidades de Mercúrio

fonte: Jornal do Comércio (coluna do Antônio Hohlfeldt)
Notícia da edição impressa de 07/01/2011 do Jornal do Comércio

Estamos começando a encontrar uma nova geração de realizadores e intérpretes de nosso teatro, que sucedem diretamente àquela que se encontra em plena produção neste momento. Há poucas semanas, nesta mesma coluna, registrei a performance de Fredericco Restori, filho do diretor Marcelo Restori, em Hybris. Agora, destaco o trabalho de Catharina Cecato Conte, filha da atriz Patsi Cecato e do diretor Júlio Conte, que assina a assistência de direção de A milímetros de Mercúrio, que Júlio Conte escreveu e dirige para o grupo Cômica Cultural.

Mercúrio, como se sabe, pode ser o menor planeta do sistema solar e o mais próximo do sol; pode ser um elemento químico altamente nocivo à saúde, mas excelente condutor de eletricidade e pode ser, enfim, o deus Hermes grego (Mercúrio para os romanos) que tanto significa o comércio quanto a comunicação. Ou seja, nos dois últimos significados, ele se apresenta com extrema ambiguidade, pois tanto pode ser um elemento positivo quanto negativo. Júlio Conte optou por explorar esta ambiguidade: de um lado, a ânsia pela comunicação (e sua impossibilidade), a partir da diferente situação dos personagens que surgem em cena. Ao mesmo tempo, uma relação de causa-efeito, em que esta incomunicabilidade se apresenta por culpa da reificação das relações humanas, pois todas elas estão marcadas por interesses, são instrumentais, isto é, quando ocorrem, de maneira falsificada, geram mais valia, resultado tipicamente produzido pelas atividades comerciais.

Os personagens da nova peça teatral de Júlio Conte são artistas frustrados, impossibilitados de exercer sua verdadeira arte - e assim alcançar a verdadeira comunicação - por se verem restritos a atividades que lhes garantam a sobrevivência cotidiana, mercantilizando a oferta de serviços e produtos. Aliás, um belo achado do dramaturgo colocar os personagens numa tarefa de atendimento de pós-venda de “sonhos”, adquiridos por outros personagens apenas mencionados. O diálogo é extremamente entrecortado, como se as ideias não se completassem e os personagens fizessem enorme esforço em suas expressões.

Um jovem elenco formado por Alessandro Peres, Gisela Sparremberger, Guega Peixoto, Fabrizio Gorziza, Duda Paiva, Vanessa Cassali e Jordan Martini corporifica os sofridos, polêmicos e frustrados personagens, que perambulam pela cena, asfixiados, buscando saída para os diferentes impasses em que se encontram.

A direção de Júlio Conte é criativa, leve e dinâmica. O espaço cênico, desenvolvido pelo próprio grupo, está ocupado por pretensas paredes transparentes, equipamentos de respiração artificial, bolas gigantes de plástico e materiais variados que caracterizam a sociedade de consumo em que (sobre)vivemos. Os figurinos, também idealizados pelo grupo, começam com os indefectíveis trajes de executivos, para se ampliarem em roupas variadas, coloridas e de materiais múltiplos. A trilha sonora pesquisada, pelo próprio diretor, alcança alguns excelentes momentos que contribuem diretamente para o clima dramático do espetáculo, como no final do espetáculo, talvez um de seus melhores momentos, em que o trabalho quase se aproxima de um grand finale épico, repentinamente frustrado.

No resultado final, pode-se dizer que Júlio Conte acertou em cheio, não apenas em relação ao diagnóstico e à análise que desenvolve como também na maneira pela qual realiza sua tarefa. O espetáculo, de pouco de mais de uma hora de duração, abre-se em uma espécie de ritual de apresentação ambígua de cada personagem: de um lado, o que gostaria de ser; de outro, o que faz, de fato, no cotidiano. Primeira ambiguidade mercurial que marcará todo o trabalho. O que parece e o que é, de fato, a essência e a aparência. Trata-se de um bom momento de Júlio Conte, tanto enquanto dramaturgo quanto diretor, e que se espera tenha maiores oportunidades de ser visto, conhecido e apreciado.

10 de janeiro de 2011

BALANÇO DO ANO

(em 22/12/2010)

POIS este ano marcou uma virada para meu trabalho teatral. Investi na linguagem poética e nas imagens como forma de contar uma história. Busquei nos sonhos as sugestões poéticas e as mensagens que as mentes adormecidas enviam para os sonhadores. Quem sonha o sonho? O sonhador é criado pelo sonho e isso é uma inversão essencial para compreender o homem contemporâneo. Os sonhos não são coisas que acontecem a noite enquanto dormimos, mas estados mentais que determinam o estado criativo do sujeito quando acordado. Pois brincando com estas possibilidades o grupo de pesquisa da Cômica Cultural e eu criamos A MILÍMETROS DE MERCÚRIO. Um espetáculo que está me dando grande satisfação. Além disso, completou um ano em ação LARISSA NÃO MORA MAIS AQUI. A históira do Ed. Comendador Siqueira é atraente e tem um jogo cênico fantástico. Os dois estarão no PORTO VERÃO ALEGRE 2011. LARISSA em janeiro, dias 11, 12, 18, 19 no Teatro de Câmera. A MILÍMETROS DE MERCÚRIO dias 4, 5, 6 de fevereiro no TEATRO BRUNO KIEFER da Casa de Cultura Mario Quintana. E ainda os clássicos BAILEI NA CURVA e SE MEU PONTO G FALASSE no TEATRO DO NOVO DC. Bailei de 10 a 13 de fevereiro e Ponto G de 27 a 30 de janeiro. E por fim, ESSA NOITE SE IMPROVISA COM TENNESSEE WILLIAMS quando pretendo conduzir as improvisações para a encenação de cenas da peça UM BONDE CHAMADO DESEJO. Os jogos de improvisação levados a sua essencia num salto criativo sem rede.